Feijó 24 horas

A verdade dos fatos
A traição foi o prato principal da derrota dos eventos recentes e norteou as alianças e os resultados obtidos no cenário político de Feijó

A frustração provocada pela traição, geralmente vem da decepção pelo abandono de uma pessoa especial, aquela que é parte da realização do sonho. A traição, infelizmente, faz parte da disputa política, seja no campo do débito ou do crédito, e é sempre comemorada pelos que ganham e lamentada pelos que perdem, como se o julgamento fosse pelo resultado, e não pelo princípio.

O ano de 2024 foi marcado por uma mudança no cenário político de Feijó, que resultou no triunfo da chamada nova política. O anúncio era o fim do fisiologismo em acordos de governabilidade entre o Executivo e o Legislativo. Doce ilusão. Nosso modelo de governo não permite que o Executivo governe sem o Legislativo. A Constituição de 1988 obrigou esses dois poderes a uma relação simbiótica, na qual um não vive sem o outro. E essa simbiose coloca na pauta de negociações políticas o poder e as seduções que envolvem as imperfeições humanas.

O fisiologismo na política não é exclusividade de políticos no exercício de seus mandatos. O eleitor, na maioria dos casos, vê no processo eleitoral a chance de conseguir a solução para sua necessidade pontual. É nessa hora que o convencimento se transforma em negociata e o produto a ser negociado é a solução para o desejo individual do eleitor, seja ele um emprego, um remédio ou qualquer outra coisa que atenda ao seu anseio.

Se o político conquista o voto nessa negociação, como esperar que ele faça diferente quando tiver no exercício do seu mandato? Mas a sociedade continua a condenar o fisiologismo de seus representantes, apesar de utilizar dessa mesma arma quando tem oportunidade.

Neste contexto a trairagem política de Feijó é apenas um complemento a mais da demagogia, da corrupção, da mentira, do oportunismo, incluindo também a falta de um projeto de desenvolvimento para o municípios e em seu lugar surgem os diferentes projetos de poder. O importante é conquistar o poder, para usá-lo a seu bel prazer e continuarem usufruindo de suas benesses. Por isso é que vivemos em uma democracia de fachada.