Feijó 24 horas

A verdade dos fatos
AS GALINHAS DE SEXTA-FEIRA SANTA

Elas sumiram misteriosamente de seus galinheiros, durante a entrada de sábado de aleluia. E pelo o visto o número pessoas, que sentiram falta de suas penosas atinge o maior patamar de toda sua história. Um morador do bairro conquista, estava revoltado com a ousadia dos larápios, que não tiveram compaixão, e levaram até o velho galo apelidado por Joaquim. Já o senhor Raimundo do bairro bela vista, disse que suas galinhas foram levadas, no período que estava na Igreja. Ele alega que mesmo rezando, não foi o suficiente para evitar as invertidas dos ladrões. Agora o jeito é se contentar com os pintinhos que ficaram, disse o aposentado.

A explicação para esta prática é a de que as pessoas aproveitam o dia em que o Senhor está morto, de forma que não vê os pecados cometidos, para praticar pequenos delitos.

A explicação acompanha o cristianismo que, segundo os preceitos bíblicos, ao cristão recomenda-se jejuar durante o período da Quaresma. A Sexta-feira Santa é marcada pela morte de Cristo. Um dia de vigília, oração e jejum. Tradicionalmente e popularmente conhecido como o “dia de não se comer carne vermelha”. Trata-se, portanto, mais do que uma tradição religiosa e um hábito dos antigos. É uma prática cultural institucionalizada, mesmo que alguns a contestem.

Hoje são poucos os praticantes.  Muita gente não gosta da brincadeira, sobretudo as pessoas que têm seus animais capturados. Mesmo assim, a noite de Sexta-feira Santa também é noite de vigília aos galinheiros. E, após o roubo das galináceas, aguarda-se silenciosamente o sino da meia-noite. Após, o banquete está servido. Uma festa de dar inveja às orgias dionisíacas. Dizem que tem esse o sabor.

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