Cacique é agredido a pauladas por jovens em Santa Rosa do Purus
O cacique Thomas Kaxinawá, da aldeia Porto Rico, localizada no alto Rio Purus, quase foi morto a pauladas por um grupo de jovens com idade entre 18 e 20 anos, quando estava indo participar do velório de um neto.
A esposa do cacique, que está internado no hospital de Santa Rosa, também foi agredida quando tentou defender o marido.
De acordo com o chefe do posto da Polícia Civil de Santa Rosa, a esposa do cacique estava com uma criança nos braços no momento em que tentou defender Thomas, mesmo assim os agressores lhe atacaram com objetos perfurantes, o que resultou em um grande corte em uma de suas mãos, que necessitou pegar sete pontos para fechar.
A agressão aconteceu nas proximidades do antigo polo indígena, localizado no centro da cidade. Era por volta das duas horas da manhã quando o agente Francisco recebeu uma ligação telefônica de alguém informando que estava acontecendo uma briga nas proximidades do “Bar do Rubens”.
Quando chegaram ao local, juntamente com um efetivo da Polícia Militar, os policiais encontraram apenas a esposa de Thomas, que estava ferida e desesperada com uma criança nos braços. O cacique havia fugido em busca de um lugar seguro.
Os agressores saíram em disparada para suas casas tentando fugir do flagrante. Entretanto, a equipe da Policia Militar conseguiram identificar e prender três acusados, que estão em uma cela no posto policial de Santa Rosa, que conta apenas com três homens para cobrir toda a cidade.
De acordo com um comerciante, os jovens acusados de tentar matar o cacique são acostumados a espancar índios e outras moradores da cidade. “Alguns deles já têm passagem pela polícia. Esse grupo toca o terror aqui na cidade, inclusive estuprando jovens índias”, conta o comerciante que pediu para não ter seu nome revelado.
Os jovens acusados de tentar matar o cacique Thomas Kaxinawá também estariam envolvidos na morte do professor Carlos Alberto Domingos Kaxinawá. De acordo com a polícia, o professor foi morto pelo menor M. S. S., que na época estava acompanhado de mais três pessoas. Com informações SenaOnline.