Feijó 24 horas

A verdade dos fatos
Coronel Ulysses requisita audiência pública para discutir aumento de assassinatos de policiais

Vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, o deputado federal Coronel Ulysses (União/AC) ingressou nesta sexta-feira (15) com requerimento de audiência pública para debater a crescente onda de assassinatos de policiais civis e militares no Brasil. Do início do ano para cá, 141 policiais foram mortos barbaramente durante o serviço. Só nesta sexta-feira foram contabilizadas mais três mortes – um dos policiais assassinados é agente da Polícia Federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida, de 42 anos, em Salvador (BA). Lotado no Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da Bahia, Almeida foi morto durante confronto com grupos criminosos daquele Estado.

Situação é extremamente preocupante

De acordo com Ulysses “é extremamente preocupante” o número de assassinatos cruéis de policiais. E citou dois casos ocorridos em São Paulo: o assassinato do sargento Eduardo Sabatini Júnior, de 41 anos, morto com um tiro na cabeça, horas após carregar a bandeira no 7 de Setembro, em Itirapina (SP), e do policial aposentado Gérson Antunes Lima, de 55 anos, quando varria a calçada de sua casa e foi executado por integrantes do crime organizado. “Infelizmente, diante dessas barbaridades, não temos por parte dos ministros da Justiça [Flávio Dino] e dos Direitos Humanos [Sílvio Almeida] sequer uma nota de solidariedade às instituições e aos familiares dessas pessoas, vítimas de criminosos”, protestou.

Levando-se em conta os 257 dias já transcorridos deste ano, chega-se a 0,53 policiais civis e militares ativos assassinados/dia. Ano passado 173 policiais foram mortos, equivalente a 0,47 policiais ativos e inativos assassinados/dia. Os dados coletados até agora já indicam crescente aumento das mortes de policiais.

País já registrou 141 assassinatos de policiais ativos este ano. Enquanto isso, o ministro [Flávio Dino] está no Chile comemorando um golpe de Estado ocorrido há 50 anos no país vizinho. “É um absurdo, um desrespeito para com a sociedade brasileira”, diz o deputado do Acre