Detentos perigosos votam aos presídios do Acre
O diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Martin Hessel, confirmou na manhã de ontem o retorno de detentos que estavam no presídio federal em Mossoró (RN) para o Acre. Os apenados foram transferidos há um ano, quando começaram os conflitos entre facções rivais, resultando em um motim no presídio Francisco de Oliveira Conde.
Segundo o gestor, a decisão foi da Justiça Federal que apontou não existir mais a necessidade de manter os presos fora do Estado em que foram julgados.
Parte dos que voltaram acabaram encaminhados para o Regime disciplinar Diferenciado (RDD). Os demais serão alocados de acordo com a análise do processo administrativo.
Martin Hessel explicou que o retorno não foi devido ao habeas corpus (HC) impetrado pela Defensoria Pública da União no Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que o preso não pode ficar em isolamento por longo período, ficando em uma cela 22 horas por dia e tendo apenas duas horas de sol.
Há um ano, integrantes do Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital começaram a entrar em confronto, realizando execuções, colocando fogo em ônibus e escolas em uma disputa pelo controle do corredor do trafico internacional de drogas. O resultado foi um motim e um enfrentamento entre as facções, resultando em mortes e feridos.
Em outros Estados, a guerra entre as facções resultou na tomada do controle de diversos presídios