Indígena e pedreiro são assassinados em Feijó e suspeitos foram presos
Vítimas são Raimundo Erisvaldo de Oliveira da Costa, de 42 anos, e Ferreira Kulina, de 50. Crimes teriam sido motivados por ciúmes e desavenças entre os suspeitos e as vítima
Dois homícidios foram registrados em Feijó, nesta quarta-feira (5). As vítimas são Raimundo Erisvaldo de Oliveira da Costa, de 42 anos, e Ferreira Kulina, de 50.
Os suspeitos de praticarem o crime foram presos pelas polícias Civil e Militar. Segundo a Polícia Civil, o pedreiro Raimundo da Costa foi morto a facadas dentro de um bar da cidade. O suspeito alegou que a vítima o teria agredido no último sábado (1º)
Durante a madrugada, o pedreiro e o suspeito se encontraram no bar do jabuti, no bairro Geni Nunes, onde discutiram novamente. Horas depois da confusão, o criminoso voltou ao local e desferiu uma facada no abdômen de Francisco Erisvaldo que estava caído em solo, totalmente embriagado. Sem chance de defesa a vítima morreu no local.
Horas depois, o suspeito do crime foi preso em casa. Ele confessou o crime e contou a motivação para a polícia.
Indígena assassinado
Também durante a madrugada, o indígena Ferreira Kulina, de 50 anos, morreu após se ferido com golpes de madeira na cabeça. O suspeito do crime também é indígena e foi preso horas depois do crime.
O homem afirmou que desconfiava que o Ferreira Kulina estava tendo um caso com a mulher dele. Enciumado, o suspeito desferiu diversas pauladas na cabeça da vítima. Um parente, que presenciou o crime, levou Ferreira Kulina vivo para dentro de uma canoa que estava às margens do Rio Envira.
Cerca de 40 minutos depois, o indígena morreu dentro da embarcação. A polícia foi acionada pela equipe da Fundação Nacional do Índio (Funai), recolheu o cadáver e iniciou as buscas pelo suspeito.
O indígena foi achado horas depois na mesma canoa onde Ferreira Kulina morreu. Ele negou o crime, mas testemunhas confirmaram a desavença entre os indígenas. “Uma das testemunhas é filho cultural da vítima. Existe uma tradição que eles [indígenas] tem um pai biológico e um pai cultural. Depois que o Pedro bateu no Ferreira, a testemunha pegou ele e levou para dentro do barco. A gente resgatou o corpo e depois prendemos o Pedro”, explicou o delegado Railson Ferreira, responsável pelas investigações.