Justiça de Feijó determina que adolescente com doença grave faça tratamento de saúde fora do domicílio
A Justiça de Feijó determinou que o Município ofereça tratamento fora do domicílio, a um adolescente que sofre de encefalite, uma doença que afeta diretamente o cèbero, desencadeada geralmente por um vírus e que pode ser fatal. A medula espinhal também pode ser envolvida, resultando num quadro chamado encefalomielite.
Causas
As causas exatas da encefalite ainda não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que a grande maioria dos casos da doença acontece por meio de infecção viral. No entanto, também há casos de infecções por bactérias, parasitas, fungos e condições inflamatórias não infecciosas que também podem estar por trás de encefalite.
Sintomas
Os sinais e sintomas vão depender da causa. Nas virais, os pacientes podem apresentar febre, mal estar, dor de cabeça intensa, convulsões e sinais focais (como boca torta, diminuição da força em um lado do corpo, dificuldade de falar).
A característica clínica mais importante é o rebaixamento do nível de consciência. Pode começar com confusão mental e evoluir para sonolência excessiva e estado comatoso. A evolução tende a ser rápida. Em alguns casos, a doença leva ao coma em poucas horas.
De acordo com as informações do delegado Railson Ferreira, que recebeu a denúncia, a paciente N. M. P, reside no rio Paranã do Ouro e veio a Feijó em busca de tratamento médico. Tendo recebido os primeiros atendimentos no Hospital Geral da cidade, onde foi examinada e medicada. Porém, ao retornar para o seringal, seus pais perceberam que a saúde de sua filha não tinha apresentado melhoras, por isso decidiram retornar cidade e procurar atendimento na balsa hospitalar. Desta vez a adolescente foi atendida pelo o médico Adriano Lima Verde, que apenas prescreveu; piroxicam, complexo B, apevetin-BC e paracetamol. Já com relação ao exames apresentado pelos pais, o médico não deu muita importância e disse que a medicação resolveria o problema.
De acordo ainda com os relatos apresentados na delegacia de polícia, os remédios prescritos pelo médico na balsa hospitalar, não foram suficientes para conter o avanço da encefalomielite, doença diagnosticada posterior por um médico particular, que encaminhou a secretaria de saúde do município para as providencias urgentes.
Diante da morosidade, em deliberar o tratamento da adolescente fora do domicílio, a justiça resolveu intervir no caso, determinou ao município que encaminhasse urgente para tratamento específico, sob pena de sansões administrativas e multas.