Feijó 24 horas

A verdade dos fatos

De cima do trio elétrico da Marcha para Jesus realizada em Brasília neste sábado, 10, o presidente Jair Bolsonaro defendeu o que chama de “família tradicional” e classificou como “coisa do capeta” o que considera “ideologia de gênero”. O presidente estava rodeado de lideranças religiosas e políticos, como o ministro Onyx Lorenzoni, o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (PRB-SP), e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.

Bolsonaro comentou sobre a constituição da família e sugeriu que, se quiserem mudar a “família tradicional”, que proponham uma emenda à Constituição. Ponderou, por outro lado, que continuará “acreditando na família tradicional”, uma vez que não é possível “emendar a Bíblia”.

“Apresentem uma emenda à Constituição e modifiquem o artigo 226, que lá está escrito que família é homem e mulher. E mesmo mudando isso, como não dá pra emendar a Bíblia, eu vou continuar acreditando na família tradicional”, disse.

Dentro da mesma temática, que foi uma das marcas de sua campanha eleitoral, Bolsonaro também afirmou que vai “respeitar a inocência das crianças nas salas de aula”, e que não existe “mais conversinha de ideologia de gênero”. “Isso é coisa do capeta. Tenho certeza que o governador não vai admitir isso aqui”, afirmou, referindo-se ao governador do DF.

“Vocês têm na primeira vez da história do Brasil um presidente que está honrando o que prometeu durante a campanha. Um presidente que acredita e valoriza a família. Um presidente que vai respeitar a inocência das crianças nas salas de aula”, disse.

Nichos
Ao falar para a multidão que acompanhava a Marcha para Jesus, Bolsonaro disse que o governo não está “desafiando nenhuma instituição”, mas que não aceitará “qualquer pressão” para manter “nichos” em causa própria. A declaração foi dada depois de Bolsonaro ler uma passagem da Bíblia. “Nada há encoberto que não venha a ser revelado, e oculto que não venha a ser conhecido”, citou.