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A verdade dos fatos
Rio Branco é uma das 17 capitais em colapso na saúde pelo COVID

Rio Branco é uma das 17 capitais brasileiras com lotação crítica de UTIs, com taxas de ocupação maiores que 80%. A capital acreana registrava hoje 88% dos leitos de UTI ocupados. O Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta o seu pior momento desde o início da epidemia do novo coronavírus no Brasil.

As capitais com os piores indicadores são, segundo Mônica Bergamo: Porto Velho (RO), com lotação de 100%, Rio Branco (AC), com 88,7%, Manaus (AM) com 94,6%, Boa Vista (RR), com 82,2%, Palmas (TO), com 80,2%, São Luís (MA), com 88,1%, Teresina (PI), com 93%, Fortaleza (CE), com 94,4%, Natal (RN), com 89,0%, Recife (PE), com 80,0%, Salvador (BA), com 82,5%, Rio de Janeiro (RJ), com 85,0%, Curitiba (PR), com 90,0%, Florianópolis (SC), com 96,2%, Porto Alegre (RS), com 84,0%, Campo Grande (MS), com 85,5%, e Goiânia (GO), com 94,4%.

O governador da Bahia, Rui Costa, ao anunciar a suspensão de todas as atividades não-essenciais no estado neste fim de semana para tentar conter a propagação da Covid-19, disse que em duas semanas o Brasil vai “mergulhar no caos”.

Ele constata que a pandemia já se agrava em todo o país. “Nunca tivemos uma situação igual”, diz.

O cientista Miguel Nicolelis adverte que o Brasil corre o risco de colapsar em razão da covid-19. “Eu estou vendo a grande chance de um colapso nacional. Não é que todo canto vá colapsar, mas boa parte das capitais pode colapsar ao mesmo tempo, nunca estivemos tão perto disso. (…) Isso é uma guerra. Em outros países essa é a mensagem que foi dada, veja a China”, diz ele.

O cientista, que chegou a dirigir o consórcio de COVID dos estados do Nordeste, disse que “o Brasil precisaria de um lockdown nacional, com uma campanha de comunicação, porque a gente precisa da colaboração da população. A população precisa acordar para a dimensão da nossa tragédia. Nessa altura, essas medidas de restrição de horário não têm efeito, porque o grau de espalhamento é tão enorme que se compensa durante o dia, quando as pessoas vão aos restaurantes, shoppings, pegam transporte lotado, não funciona”, aponta.