Trump promete erguer muro e deportar milhões
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste domingo (13) que manterá a promessa de construir um muro na fronteira com o México quando assumir a Casa Branca, no ano que vem.
A declaração foi dada em uma entrevista à emissora “CBS”, mas o republicano admitiu que, em determinados trechos da divisa, será feita apenas uma cerca. Ainda na disputa eleitoral, Trump irritou mexicanos ao dizer que o país latino pagaria pelo muro.
Além disso, o magnata declarou que deportará “imediatamente” entre dois e três milhões de imigrantes clandestinos com antecedentes criminais. Durante a campanha, o bilionário havia prometido que uma de suas primeiras medidas na presidência americana seria expulsar pessoas vivendo ilegalmente no país.
“Aquilo que faremos é jogar fora do país ou prender as pessoas que são criminosas, têm antecedentes criminais, membros de gangues, traficantes de droga”, disse.
Na última semana, Trump deu uma entrevista ao diário “The Wall Street Journal”, na qual reconhece que partes do sistema de saúde criado pelo presidente Barack Obama, o “Obamacare”, podem ser mantidas, embora tivesse prometido enterrar o projeto assim que tomasse posse.
O republicano também estaria disposto a buscar maneiras rápidas de sair de um acordo global para limitar as mudanças climáticas. As informações são de uma fonte de sua equipe de transição e foram divulgadas pela agência Reuters neste domingo (13).
Protestos
Enquanto isso, seguem eclodindo em diversas partes do país uma série de protestos contra a eleição do magnata. Em Portland, que tem sido palco dos atos mais violentos, 19 pessoas foram presas na noite do último sábado (12) após confrontos com a polícia. As manifestações vêm acontecendo desde quarta-feira passada (9), em várias cidades do país.
Na última sexta-feira (11), inclusive, um homem foi baleado enquanto o protesto anti-Trump em Portland atravessava uma ponte, fazendo a polícia acabar com o ato. As forças de segurança também usaram gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para dispersar a multidão.
Fonte: ANSA