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A verdade dos fatos
Jovens são mortos após confusão em velório e famílias acusam delegado de agressão
Wemerson de Araújo (E), de 18 anos, e Wenderson Sores (D), foram mortos a golpes de facão – Foto: Arquivo pessoal

Dois jovens, Wemerson de Araújo, de 18 anos, e Wenderson Soares, de 17, foram mortos a facadas na madrugada deste sábado (19), na Vila do Incra, em Porto Acre.

De acordo com a família, Araújo estava na rede com o filho, quando levou a primeira facada.

“Eles estavam em um velório e começou uma briga por causa de uma mulher lá. E nessa briga meu filho não estava, ele estava deitado nesse velório dentro de uma rede com o bebê dele dormindo. Ele acordou com a primeira facada, saiu da rede e correu, no que correu, deram uma enxadada na cabeça dele e ele já caiu na rua”, conta a mãe de Araújo, Maria Helena.

Araújo, segundo a mãe, teve a cabeça arrancada com os golpes de facão. O adolescente de 17 anos também foi ferido pelos golpes e não resistiu. Uma terceira vítima, um rapaz conhecido apenas como Vida Louca, também foi levado para o Pronto-Socorro.

O pai do jovem, Walber Soares, disse que o filho foi morto da mesma forma e pede justiça.

Maria Helena diz que familiares de vítimas foram agredidos por delegado – Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Família denuncia delegado

No boletim de ocorrência, a Polícia Militar informa que três pessoas foram presas em flagrante e encaminhadas à Delegacia de Flagrantes, em Rio Branco, após confessarem o crime. O que seria o autor das facadas, segundo a família, foi liberado, o que causou revolta.

“O assassino saiu pela porta da frente. Fui falar com o delegado e ele mandou todo mundo calar a boca, se não ia matar a todos. Fomos na delegacia para pegar o documento e levar no IML. O cara mata e sai pela porta da frente. Como colocam um delegado desse? Que judia do pai da vítima. Secretário de Segurança, nós precisamos de respeito. Não somos vagabundos e o delegado precisa respeitar a nossa dor”, desabafou a mãe.

Os familiares das vítimas alegam que ao questionarem a soltura do suspeito do crime, o delegado plantonista, que não sabiam o nome, passou a agredir e ameaçar os parentes.

“Empurraram e bateram no meu outro filho. Dois policiais também colocaram a arma em cima da gente, sendo que só queremos os nossos direitos. Não fizemos nada de errado”, completa Soares.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) disse que está apurando o caso e deve se posicionar posteriormente