Feijó 24 horas

A verdade dos fatos
Mulher morre após parto de emergência na maternidade de Feijó e família denuncia possível negligência médica

A jovem Maria Dayane Souza da Silva, de 25 anos, não resistiu após um parto de emergência no Hospital de Feijó e faleceu nesta terça-feira (9).

De acordo com informações divulgadas pela a imprensa acreana, a criança com o nome de Benjamim sobreviveu, mas a família acusa a unidade e a equipe médica de negligência.

Segundo informações da irmã de Dayane, Cyda Souza, a jovem estava esperando por seu terceiro filho e procurou o hospital na manhã de segunda-feira (8) para fazer o parto. Lá, foi mandada de volta para casa porque a equipe médica não identificou nenhum sinal de que a criança estava prestes a nascer.

A ausência de dores também foi uma coisa constatada nas gestações anteriores, de acordo com Cyda.

“Uma vida toda pela frente, com apenas 25 anos, mãe de 2 meninas, Maria Dayane Souza da Silva estava esperando pelo seu terceiro filho. Nesta terça-feira, dia 9 de janeiro de 2024, minha irmã veio a falecer por negligência médica. No dia 8, na segunda-feira, foi ao Hospital de Feijó pela manhã, para que pudessem retirar a criança, pois não sentia dor. Com todas as duas crianças, antes, foram a mesma coisa, o parto não era normal. O que fizeram? Mandaram ela para casa e, quando deu 21h, ela começou a sangrar muito, deu hemorragia interna e chegou a falecer”, escreveu a irmã de Dayane.

 

“Não tem um médico que preste. Até quando vamos perder pessoas que amamos por falta de recursos, de profissionalismo?”, questionou.

Cyda afirmou que não havia ambulância no hospital para socorrer sua irmã.

“Nem ambulância não tinha para ir buscá-la. Seu filho, Benjamim, é um milagre de Deus, sobreviveu. Infelizmente, Maria Dayane não resistiu e faleceu. Você foi uma guerreira, irmã. Descanse em paz. Te amamos”, concluiu.

A direção do hospital informou que vai investigar o caso. O diretor do hospital, Wirley Moreira, explicou a situação e disse que, de fato, Dayane não apresentava sinais de que teria o filho, quando procurou a unidade pela primeira vez.

“Ela foi avaliada pelo médico plantonista da maternidade aqui do hospital, e disse que ela não tinha nenhum sinal de alerta, não estava em trabalho de parto. Ele disse para ela voltar, caso sentisse algo. Por volta das 21h, voltou à unidade, com sangramento, foi avaliada pela equipe e direcionada para o centro cirúrgico, para uma cesariana de emergência. A especialista que faz cesariana foi acionada, o fisioterapeuta também realizou todo o processo de intubação. A equipe deu toda assistência necessária”, destacou.

Wiley afirmou que a direção do hospital vai abrir uma investigação para apurar o caso, mas garante que não houve negligência por parte da equipe.

“Posso te garantir que não houve negligência porque a equipe deu toda assistência necessária. Mas vamos abrir um processo de investigação porque se trata de uma vida e essa situação é muito séria”, continuou.

Ao ser questionado sobre a acusação de que não havia ambulância no hospital, o diretor-geral concluiu a entrevista dizendo que há duas viaturas disponíveis no hospital, mas que também vai apurar a situação.

“Vamos acompanhar o caso de perto e apurar todas essas acusações”, finalizou.

Informações ContilNet