Pastor que usava nome de Paulo Guedes e fez 50 mil fiéis vítimas de golpes é preso
O pastor Osório José Lopes Júnior foi preso em Gurupi, Tocantins, na quinta-feira, 21. O religioso, que estava foragido após operação da Polícia Civil do Distrito Federal, deve ser transferido para Brasília na segunda, 24, de acordo com investigadores.
Durante a operação Falso Profeta, na quarta, 20, Osório Junior tinha mandado de prisão para ser cumprido contra ele, mas a polícia não o encontrou e ele passou a ser considerado foragido.
Ele foi alvo por ser apontado como líder de um esquema de golpes financeiros liderado por pastores que enganou mais de 50 mil vítimas no Brasil e no exterior.
A operação
Onze pastores foram alvos da Polícia Civil do Distrito Federal nas primeiras horas da manhã de quarta-feira (20). O grupo é investigado por usar o nome do ex-ministro da Economia Paulo Guedes para aplicar golpes milionários em fiéis das igrejas, bem como em lives na internet.
A polícia aponta o pastor goiano Osório José Lopes Júnior como líder do grupo.
Ele é acusado de aplicar um golpe milionário em fiéis com a venda de títulos que, segundo ele, são lastreados em ouro e apresentados por ele como Letra do Tesouro Mundial.
A CNN apurou que ele é alvo de busca e apreensão em São Paulo. Mas não foi encontrado para ser preso.
A investigação apontou, durante os golpes, que os suspeitos disseminavam fakenews para ludibriar as vítimas.
O inquérito identificou a participação de 200 pessoas na organização criminosa. Os 11 “cabeças” foram os alvos na segunda fase da operação.
O esquema
O pastor evangélico goiano Osório José Lopes Júnior, que é deficiente visual, afirma que os títulos oferecidos já contariam com autorização do governo federal, por meio do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, para serem pagos.
Além no nome do ministério, Osório usa também logomarca de entidades financeiras, como Banco Mundial e o Banco do Brasil, em uma plataforma de investimento conduzida pelo grupo, para dar credibilidade ao negócio.
O golpe aplicado pelo pastor já dura pelo menos nove anos. Segundo a polícia, ele viaja pelo país com a ajuda de outras pessoas para captar novos investidores interessados em receber até 100 vezes o valor aportado assim que os títulos estiverem prontos para serem resgatados.
CNN Brasil