Unidade de monitoramentos de presos sediada em Tarauacá pode ser transferida para Feijó e assunto vira polêmica
Na manhã desta segunda-feira (5), a reportagem do jornal Extra do Acre foi informada que uma decisão do IAPEN (Instituto de Administração Penitenciária) estuda a possibilidade de transferir a Unidade de Monitoramento Eletrônico de Preso de Tarauacá para município de Feijó.
De acordo com a denúncia, Feijó ficaria responsável por fazer a fiscalização dos monitorados de Tarauacá, algo que será impossível, tendo em vista que o baixo efetivo de policiais penais naquela cidade não consegue cobrir os dois municípios. Fora isso, a distância entre as duas cidades é outro impedimento. São mais de 40 quilômetros de distância, com isso os presos não vão receber um atendimento adequado quando precisarem, por exemplo, fazerem mudanças de endereço, mudança de local de trabalho, pedido para frequentarem cultos, visto que não vai ter um local onde os mesmos possam ir se informar e não haverá como fiscalizar. Caso seu equipamento precise de manutenção pode levar dias para ser corrigido, com isso o apenado não terá sua tão esperada liberdade antecipada, pelo fato de não está sendo feito seu acompanhamento.
Um policial, que pediu para não se identificar, falou que: “Se o problema é falta de efetivo como eles justificam, não vai ser resolvido com 10 policial do monitoramento, mas um novo problema eles vão gerar, uma vez que quase 150 presos ficarão livres sem uma fiscalização presente e eficaz, para cometer novos crimes. Não basta fazer a instalação do aparelho, tem que ser feita a manutenção e prestar apoio aos presos que precisam, tem preso que muda de residência toda semana, outros não tem telefone e vai direto no prédio do monitoramento pra pedirem autorização. No período de inverno, com enchentes, eles fazem o carregamento de seus aparelhos no prédio do monitoramento, o que vemos é uma gestão perdida nos seus atos”, disse.
Segundo o policial, ele não está entendendo essa decisão sendo que Tarauacá é a terceira maior cidade do Acre, onde está localizado os presídios masculinos e femininos e ainda mais é uma regional.
A administração do Iapen está fazendo uma avaliação de todos os setores, e entende que algumas mudanças são necessárias, mas no momento está em fase de estudo, segundo informou, Assessoria de Comunicação do IAPEN.