Delegacia abre 1.033 inquéritos para investigar casos de violência contra a mulher em Rio Branco
O oitavo mês do ano é dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher através da campanha Agosto Lilás, que busca chamar a atenção da sociedade para o tema. Nos últimos dias do mês, o governo do Acre tem divulgado algumas ações e números que estão sendo debatidos no âmbito estadual. Nesta quarta-feira (23), durante o relançamento do aplicativo “Mulher Segura”, Elenice Frez, delegada titulada da especializada em Rio Branco passou números sobre esse cenário no estado.
Só este ano, segundo dados da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Rio Branco, 1.033 inquéritos foram instaurados. O número já se aproxima, inclusive, do total de procedimentos registrados durante os 12 meses do ano passado.
“Temos uma média de 10 mulheres atendidas por dia em situações em que há instauração de inquérito policial e solicitação de medidas protetivas. Neste ano de 2023, nós já registramos o número de 1.033 inquéritos policiais na Delegacia da Mulher e ainda temos um número de cerca de 500 solicitações de medidas protetivas que não geraram inquérito policial. Em comparação com o número de inquéritos do ano passado, a gente viu que houve uma procura maior pelo serviço. No ano passado, durante todo o ano, nós registramos 1.176 inquéritos, e esse ano ainda nem encerramos o mês de agosto, já estamos com 1.033, sendo 156 flagrantes”, diz.
A delegada destaca ainda que os números estão bastante altos e que o Acre sempre figura nas primeiras posições o ranking de feminicídio.
“Nós sempre estamos figurando no topo, ou muito próximo, do ranking ali de feminicídios, de violência doméstica, de estupros e também de estupros de vulneráveis, então nós precisamos do engajamento de todas as instituições públicas, do sistema de Justiça e de Segurança, e nós temos visto isso acontecer, mas nós precisamos também do engajamento de toda a sociedade para trabalhar também e nos apoiar com relação a prevenção de crimes, de violência doméstica, especialmente dos crimes de feminicídio”, disse.