Feijó 24 horas

A verdade dos fatos
Igarapés baixam e deixam cenário de guerra nos bairros de Rio Branco

Moradores fazem limpeza de casas e contabilizam prejuízos em Rio Branco

Nos bairros atingidos pelo transbordamento de 7 igarapés em Rio Branco o cenário é de destruição. Sofás, restos de guarda-roupa, eletrodomésticos, roupas se amontoam pelas ruas depois que as águas baixaram.

Neste domingo (26), os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o secretário da Defesa Civil Nacional, Wolnei Wolff, sobrevoaram as áreas atingidas em Rio Branco e garantiram a liberação imediata de R$ 1,4 milhão para ajuda humanitária.Contabilizando os prejuízos, moradores começaram a fazer a limpeza das casas ainda na manhã de sábado (25). No conjunto Procon muito entulho e móveis perdidos foram colocados na rua e dão a dimensão do que muitos rio-branquenses estão enfrentando desde a última quinta-feira (23) com a grande quantidade de chuva.“Estou há mais de trinta anos. Tenho vizinhos que moram aqui, nunca teve algo parecido com isso. Meio que águas foram subindo, a gente foi subindo os móveis em casa porque não achava que ia subir tanto. Agora é fé em Deus, né?,” disse o servidor público Thiago Maciel.

Em outro ponto da cidade, no bairro Seis de Agosto, os problemas persistem. O nível do rio Acre continua subindo e na medição das 12h30 deste domingo (26) chegou a 16,56 metros, a cota de transbordamento na capital é de 14 metros.A dona de casa Maria Madalena Lemos não se lembra por quantas alagações já passou, mas diz que essa é a primeira vez que viu a água invadir sua casa de maneira tão rápida.

“Estou com água dentro de casa, água na cintura. Subiu muito rápido. Se a gente não cuidar tinha acabado com tudo. Perdi um guarda-roupa, um armário, molhou a geladeira”, disse.

A dona de casa Maria Madalena Lemos não se lembra por quantas alagações já passou, mas diz que essa é a primeira vez que viu a água invadir sua casa de maneira tão rápida.

“Estou com água dentro de casa, água na cintura. Subiu muito rápido. Se a gente não cuidar tinha acabado com tudo. Perdi um guarda-roupa, um armário, molhou a geladeira”, disse.

Chorando copiosamente, a moradora do bairro Conquista, Janaira Oliveira, 27, conta que perdeu a casa com a força das águas. Ela tem três filhos e está na casa de parentes. “Não tenho mais nada, nada, não tirei nada, identidade, nem registro. Eu estava tirando os documentos para aposentar meu filho autista e foi tudo”, disse entre soluços.

A preocupação agora é com a cheia do Rio Acre. Nesse domingo, o rio marcou pela manhã 16,42 metros. No interior do estado, a cheia deixa centenas de desabrigados.