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A verdade dos fatos
Senadora Mailza Gomes, que deu à luz durante mandato e diz defender grávidas, demite funcionária com 3 meses de gestação

O que causa mais estranheza na atitude da senadora acreana, é a mesma ser coautora de PEC para proibir demissões de comissionadas grávidas.

Uma servidora foi exonerada de um dos gabinetes do Senado Federal após receber a notícia de que estava grávida. A demissão foi ordenada pela senadora Mailza Gomes (PP-AC)..

A assessora atuava em assuntos de orçamento e foi desligada após um comunicado do chefe de gabinete da parlamentar acreana.

O argumento de que ela estava gestante não foi suficiente para que a decisão fosse reanalisada.

O salário bruto dela era de quase R$ 9 mil.

Atualmente, a legislação não veda o desligamento de gestantes por entender que o cargo são de livre provimento e sem vínculo com o Poder Público.

Contudo, Mailza Gomes é coautora de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíbe gestores públicos de demitir mulheres em cargo comissionado após pelo menos cinco meses de gestação comprovada. No caso da assessora, a gestação estava no terceiro mês quando houve a demissão, confirmada em setembro.

A senadora assumiu o mandato em 2019, quando o titular da cadeira, o então senador Gladson Cameli (PP) assumiu o governo do Acre após vencer a Eleição de 2018. A congressista articula disputar a reeleição.

Mailza afastou-se para dar á luz.

Ficou mais de 120 dias em licença maternidade sem prejuízo para o seu generoso salário.

Procurada, a assessoria da senadora confirmou o desligamento e explicou que a parlamentar decidiu exonerar a comissionada antes de tomar conhecimento da gravidez.

Conforme argumentou, após o comunicado sobre a gestação ter se oficializado, o processo de demissão já havia iniciado.

Com informações: Metrópoles